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18.6.04

Todos os Homens são perseguidos por poemas...

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Tempos de euforia e desespero. Tempo subtilmente subtraído e indiferente ao desenrolar dos minutos. Tempo de lágrimas amargas e corpos cansados. Luta. Luta-se e perde-se - umas vezes - e dá-se voltas na cama, entre suores frios e memórias bizarras. Recorda-se o tempo, recria-se, e revoltam-se os sentodos. Acorda-se a tempo. Luta-se e ganha-se - umas vezes - e voltam a soltar-se lágrimas. Coloridas, como os ponteiros de um relógio avariado. Tempo...

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10.6.04

São neste momento quase oito horas da noite.
Encontro-me no meu quarto, em casa dos meus pais, numa pequena aldeia chamada Vila Ruiva, no centro e interior do país...
É verdade qua agora pouco tempo cá passo. Mas, deixem-me que vos diga... É simplesmente maravilhoso!
Estive há pouco nos copos com os meus amigos de infância, a lembrar velhos tempos e a dizer parvoíces..
Concluí que os AMO! Tal como AMO esta terra e esta vista do meu quarto, maravilhosa, com a serra da Estrela em pano de fundo...
Os meus conselhos são:

- Vão ter com os vossos amigos de sempre e sejam felizes com eles. A amizade é eterna!
- Vão à vossa janela, observem a paisagem e os vôos tontos das andorinhas e sejam felizes!!

SEJAM FELIZES, CARALHO!!!

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9.6.04

O relógio, compassadamente, vai marcando o ritmo a que o quarto respira. Sem saber bem porquê, encontro-me inundado de suor. Olho o reflexo que a janela me oferece e encontro-me assustado, transfigurado pela luz que o candeeiro projecta em mim. Em tons de cinzento e preto, revejo-me no cabelo desalinhado e na barba por fazer. Mas por mais que olhe, apenas consigo ver metade de mim... Uma metade envolta pelo fumo de mais um cigarro abandonado, a definhar no cinzeiro, junto à chávena de chá já frio e ao monte de discos velhos, repletos de músicas tristes.
A outra metade não se encontra aqui. Está longe e a esta hora, aposto, estará cruzando galáxias e de visita a planetas exóticos. Teima em não regressar, temendo o futuro, que não se adivinha fácil.
Por cá, acende-se outra luz e outra e ainda outra, mas a janela é teimosa e teima em não faze chegar a outra parte.
Dou mais um gole no chá frio, que agora me parece mais doce, acendo outro cigarro e ponho a tocar uma das músicas tristes de um dos discos velhos.
Subitamente, ao som de um acorde mais lento, desperto da letargia em que me encontro e descubro a maneira de me encontrar!
Levanto-me e acendo uma vela cor-de-rosa que teima em transbordar pela mesa. Depois, uma a uma, apago todas as luzes.
Olho a janela e já não me vejo. Sinto os pés a descolar do chão quente e preparo-me para rumar Às estrelas.
Agora sim, encontrei o meu lugar!

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Oh...SI!! Clika-me que eu gosto!!1 Como me gusta...

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